Professora da Alemanha participa de atividades no Colégio Teutônia

Professora da Alemanha participa de atividades no Colégio Teutônia

Sophie Helene Kläs acompanhou rotinas de sala de aula. Ela elogia o nível tecnológico da escola e a acolhida da comunidade

Nas últimas semanas o Colégio Teutônia recebeu professora voluntária da Unesco para período de intercâmbio cultural e de aprendizado. A alemã Sophie Helene Kläs (25) esteve acompanhando as aulas e rotinas dos docentes e estudantes do CT. Natural da cidade de Siegen, do Estado de Nordrhein Westfalen, noroeste da Alemanha, ela permanece na cidade até domingo, dia 13.

Sophie Helene Kläs é natural da cidade de Siegen, do Estado de Nordrhein Westfalen, noroeste da Alemanha

O Colégio Teutônia teve acesso ao programa internacional por ser uma Escola Parceira do Projeto PASCH, iniciativa que incentiva o ensino da Língua Alemã. O principal objetivo do voluntariado consiste na disseminação da língua e da cultura alemã no exterior. “Como voluntários, devemos contar sobre nosso dia a dia e experiências na Alemanha, detalhando a cultura alemã, abordando desde os hábitos de consumo até músicas populares. Pessoalmente, meu objetivo é aprender sobre o sistema escolar brasileiro e coletar experiências de práticas docentes, além de conhecer melhor a cultura local e aprender Português”, ressalta Sophie.

Rotina

Sophie participou de atividades em diferentes turmas do CT, acompanhando os professores nas aulas de Língua Alemã e Inglês no Ensino Fundamental II e outros aprendizados no Ensino Fundamental e na Educação Infantil. “O que mais chama atenção são as diferenças na metodologia da escola alemã e brasileira”, destaca.

Alemã acompanhou aulas e rotinas dos docentes e estudantes do CT

Em algumas turmas, ela falou sobre a Alemanha. No 5º ano do Ensino Fundamental, por exemplo, o tema foi gastronomia; na Educação Infantil, “rodinhas de perguntas” em que as crianças sugeriam os mais variados assuntos, desde a sua cor favorita até sobre a guerra na Ucrânia. “Além disso, sempre que ocorria algo de diferente na escola, tinha a oportunidade de participar, como acompanhar viagem de estudos das turmas de 6º ano a Porto Alegre; e na Educação Infantil, construir dinossauros”, diverte-se Sophie.

A jovem concluiu o Ensino Médio na Alemanha e esteve como voluntária em Togo, no oeste da África. Na universidade se inteirou mais sobre outras possibilidades de voluntariado e, depois do mestrado, foi em busca de nova oportunidade para conhecer outro país, antes de iniciar a trabalhar como professora na Alemanha. “Foi aí que surgiu a oportunidade do voluntariado no Colégio Teutônia, em que minhas atividades se assemelhavam muito com o conteúdo dos meus estudos. É uma oportunidade de trabalhar ao mesmo tempo em que conheço um novo país”, acrescenta Sophie, que esteve hospedada em casa de família. “Eles são muito queridos, cuidam muito bem de mim. Tenho meu próprio quarto e inclusive posso cozinhar. Muitas vezes também sou convidada para compartilhar refeições com a família”, revela.

Impressões

“O Colégio Teutônia é muito grande e organizado, com muitas oportunidades para os estudantes. Percebi o empenho e trabalho que os professores têm em planejar as suas aulas e como auxiliam seus alunos. Estou maravilhada com a estrutura tecnológica do CT, que é bem melhor do que a da minha escola na Alemanha”, avalia Sophie.

Sophie, ao lado do diretor do CT, Jonas Rückert, elogia o educandário: “O Colégio Teutônia é muito grande e organizado, com muitas oportunidades para os estudantes”

Ela comenta que não só o sistema escolar brasileiro se diferencia muito do sistema alemão, como a própria forma de dar aula. “Conhecendo os dois sistemas de ensino, posso aproveitar os aspectos positivos de ambos para minha futura prática docente. Alguns métodos e jogos nas aulas que observei foram novos para mim, e certamente vou querer utilizá-los também”, planeja.

Sobre Teutônia e a cultura brasileira como um todo, Sophie admite que conhecia pouco, ficando surpresa com a quantidade de famílias de origem alemã e que ainda falam a língua dos seus antepassados. “As pessoas são muito simpáticas e receptivas. No começo, o ato de abraçar-se como saudação foi um verdadeiro choque cultural, mas agora já sei valorizar esse gesto. De alguns costumes, como o chimarrão, com certeza vou sentir falta na Alemanha”, sorri.

Concluído o período em Teutônia, Sophie ainda permanece no Rio de Janeiro por três meses, trabalhando no Goethe Institut (instituição alemã que divulga a Língua Alemã e promove o intercâmbio cultural internacional). Em fevereiro ela retorna à Alemanha e, em abril, começa a trabalhar como professora no país.

TEXTO – Leandro Augusto Hamester

CRÉDITO DAS FOTOS – Divulgação Colégio Teutônia