Aberta programação que comemora o Dia Estadual do Leite em Teutônia

Aberta programação que comemora o Dia Estadual do Leite em Teutônia

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“Produção leiteira: tendências, possibilidades e cenários.” A temática que embala a 9ª edição do Fórum Tecnológico do Leite está lançada. A abertura oficial do evento que comemora o Dia Estadual do Leite em Teutônia, organizado pelo Colégio Teutônia e parceiros, ocorreu na noite desta quarta-feira, dia 16 de setembro, com o painel “Possíveis cenários na produção leiteira”.

A solenidade ocorreu no Auditório Central do educandário e contou com a participação de estudantes, professores, coordenação pedagógica, autoridades e representantes de Poderes Executivos e Legislativos municipais, produtores rurais de Teutônia e região, expositores, parceiros e apoiadores, diretoria da Fundação Agrícola Teutônia (FAT) e comunidade em geral.  

 

Parcerias

 

Na sua saudação inicial, o diretor do CT, Jonas Rückert, ressaltou a importância das parcerias. “A organização do Fórum Tecnológico do Leite é um trabalho realizado a muitas mãos. As parcerias têm contribuído para que o Colégio Teutônia deixe à sociedade um legado importante, que está no âmbito da educação, preparando o cidadão do amanhã. Esse é um dos objetivos desse evento que está na sua 9ª edição, com um olhar especial para que possamos viver momentos de significativas aprendizagens.”

O coordenador geral do Fórum, professor Márcio Mügge, igualmente agradeceu o empenho de todos os parceiros e integrantes da comissão organizadora. “A união de esforços nos permite realizar este evento. O Colégio Teutônia tem vínculo com o setor agropecuário, e nisso se enquadram, além de eventos como o Fórum Tecnológico do Leite, as atividades da Granja e os cursos técnicos.”

 

Temática relevante

 

O vice-prefeito de Teutônia, Evandro Biondo, falou da importância da cadeia produtiva do leite. “O leite possui um grande valor econômico, social e nutricional. O leite sustenta várias famílias de diversos municípios brasileiros, agrega valor na perspectiva de qualidade de vida que pode trazer”, disse.

O presidente da Fetag/RS, Carlos Joel da Silva, reafirmou a necessidade de debater a produção leiteira no Estado. “O leite agrega renda ao produtor, às cooperativas e às empresas do setor, assim como para os municípios e o Estado, com a geração de impostos. Os números falam por si, praticamente todos os municípios do Rio Grande do Sul produzem leite e a maioria dos produtores são agricultores familiares. Há muito para avançar, aproveitando as oportunidades e unindo forças. Queremos a juventude trabalhando e produzindo no meio rural, com maior qualidade de vida e produzindo alimentos para a população mundial.”

 

Painéis

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Para falar de “Possíveis cenários na produção leiteira” foram convidados o presidente da Cooperativa Languiru, Dirceu Bayer; o secretário do Desenvolvimento Rural e Cooperativismo do Rio Grande do Sul (SDR), Tarcísio José Minetto; o presidente da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL), Ernest Krug; o diretor executivo do Instituto Gaúcho do Leite (IGL), Ordeno Ardêmio Heineck; e o presidente do Sindicato da indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra.

Entre números, considerando volumes de produção e índices de eficiência produtiva, todos foram unânimes ao destacar que há uma grande oportunidade de crescimento para a cadeia produtiva do leite gaúcho.

“Hoje apresentamos déficit na balança de lácteos, com mais importação de leite com relação aos volumes exportados, o que nos prejudica. Na cadeia produtiva, as cooperativas fazem a grande diferença, considerando que 45% dos produtores produzem menos de 100 litros de leite por dia. Esses pequenos volumes são captados, em sua maior parte, pelas cooperativas gaúchas, que potencializam o pagamento de preços justos aos produtores rurais e oferecem assistência técnica”, frisou Minetto.

Bayer acrescentou que existe uma tendência mundial de aumento da produção leiteira. “Para aproveitarmos as oportunidades que o mercado oferece, precisamos de mão de obra qualificada, controlar os custos de produção e priorizar a qualidade do leite. Nesse processo a agricultura familiar possui grande importância. Precisamos apresentar ao mercado produtos de valor agregado e, atualmente, podemos considerar os empresários desse ramo verdadeiros heróis diante de todas as dificuldades. Mas o Brasil é um país de oportunidades, principalmente no leite.”

Para Krug, nenhuma outra atividade emprega mais pessoas que a produção leiteira. “O Rio Grande do Sul e o Brasil contam com uma grande capacidade produtiva, mas para isso precisamos de um programa de exportação para o longo prazo, de normas e regras burocráticas mais simples, da inserção de produtos da agricultura familiar no mercado, da sucessão e qualificação do produtor. É fundamental profissionalizar a atividade. Eu acredito muito no leite e digo isso há mais de 30 anos.”

Heineck confirmou que 94% dos municípios gaúchos são impactados pela produção leiteira. “Precisamos nos dar as mãos e por meio da cadeia leiteira podemos guindar o Rio Grande do Sul a ser a maior economia nacional. Produzimos um bom nível de matéria-prima, mas uma pequena parcela dos produtores ascendeu a processos modernos e rentáveis de produção. Não podemos cometer o pecado de virar as costas aos produtores do leite e esclarecer que a Operação Leite Compensado foi um mal necessário para expurgarmos os poucos que denigrem a cadeia produtiva do leite gaúcho”, resumiu.

Por fim, Guerra frisou que o Brasil é autossuficiente na sua produção leiteira. “Sendo assim, para tudo que crescermos ou importarmos, será necessário buscarmos o mercado externo. Nosso concorrente não é mais o vizinho, mas está na União Europeia, nos Estados Unidos, na Nova Zelândia, no mundo inteiro. Hoje, 75 países representam 92% da produção mundial de leite. Precisamos de escala de produção, do contrário estamos fora do mercado. E isso vale para os produtores também. Devemos produzir agora para colher mais logo ali à frente. É assim que enfrentamos momentos de crise e dificuldade.”

 

Momento cultural

 

Encerradas as discussões do painel, ainda houve momento cultural, com apresentação artística do Grupo de Danças Folclóricas Alemãs do município de Westfália, Westfälische Tanzgruppe.

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Programação

 

Dia 17 de setembro – Fórum Tecnológico do Leite, Feira Agro Comercial e Semana Acadêmica

Local: Auditório Central do Colégio Teutônia.

·         08h30min: Recepção e credenciamento do público participante.

·         09h: Apresentação do Conjunto Instrumental do Colégio Teutônia.

·         09h30min – 10h30min: 2º Painel: “Normativa 62”. Público alvo: produtores rurais e demais profissionais da cadeia do leite. Painelistas: Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), Ministério Público, Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS) e Univates.

·         21h: Concurso do “Leite em Metro” e encerramento da 4ª Semana Acadêmica do Colégio Teutônia.

Dia 17 de setembro – Fórum Tecnológico do Leite e Feira Agro Comercial

Local: Granja do Colégio Teutônia.

·         13h30min – 16h: Estações Temáticas e Mostra Científica.

Dia 17 de setembro – Fórum Tecnológico do Leite e Feira Agro Comercial

Local: Ginásio SER Gaúcho.

·         09h – 11h: Projeto Social “Escolinha do Leite”. Palestra: “Importância do Consumo de Lácteos”. Palestrantes: Representantes da Cooperativa Languiru – Indústria de Laticínios. Público alvo: crianças e estudantes de Teutônia e municípios vizinhos.

·         10h: Abertura oficial da 5ª Edição da Feira Agro Comercial.

·         11h – 12h: Mostra Científica dos estudantes do Curso Técnico em Agropecuária do Colégio Teutônia.

·         12h: Almoço na SER Gaúcho. Cartões a R$ 20,00 por pessoa.

·         16h: Concurso do “Leite em Metro” e sorteio de brindes.

·         19h30min às 20h30min: Palestra: “Aspectos Econômicos da Produção Leiteira”. Palestrante: Representante da Sicredi Ouro Branco.Público alvo: Estudantes e técnicos em Agropecuária, profissionais da cadeia do leite.

·         20h: Fechamento da Feira Agro Comercial.

Dia 18 de setembro – Fórum Tecnológico do Leite e Feira Agro Comercial

Locais: Ginásio SER Gaúcho e Granja do Colégio Teutônia.

·         08h30min: Recepção e credenciamento dos participantes no Auditório Central do Colégio Teutônia.

·         09h – 11h: Projeto Social “Escolinha do Leite”. Palestra: “Importância do Consumo de Lácteos”. Palestrantes: Representantes da Cooperativa Languiru – Indústria de Laticínios. Público alvo: crianças e estudantes de Teutônia e municípios vizinhos. Será na SER Gaúcho.

·         09h30min – 10h30min: 3º Painel: “Qualidade versus Garantia”. Público alvo: Técnicos e produtores de leite. Painelistas: Emater/RS-ASCAR, Instituto Gaúcho do Leite (IGL) e Cooperativa Languiru.

·         10h: Reabertura da Feira Agro Comercial. Será na SER Gaúcho.

·         11h – 12h: Mostra Científica dos estudantes do Curso Técnico em Agropecuária do Colégio Teutônia. Será na SER Gaúcho.

·         12h: Almoço na SER Gaúcho. Cartões a R$ 20,00 por pessoa.

·         13h30min – 16h: Estações Temáticas na Granja do Colégio Teutônia e Mostra Científica.

·         16h: Concurso do “Leite em Metro”, sorteio de brindes e encerramento do Fórum Tecnológico do Leite e da Feira Agro Comercial.

·         16h30min: Apresentação de bandinhas folclóricas.

 

 

 

TEXTO – Leandro Augusto Hamester