A equipe de vôlei feminino do Colégio Teutônia sagrou-se campeã da Série Prata (categoria Infanto) na 57ª Olimpíada Nacional da Rede Sinodal de Educação (Onase). Os jogos foram disputados de 03 a 06 de outubro, em Lajeado. Além do vôlei, a competição também contou com disputas no basquete, nos naipes masculino e feminino, nas categorias Infantil e Infanto. Mais de 600 atletas, de 13 a 18 anos de idade, de 20 escolas da RSE do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, participaram do evento. A Onase é considerada o maior evento da Rede.
Acompanhadas e treinadas pela professora Nadine Sulzbach, as meninas disputaram a fase regional em agosto, em Estrela, quando ficaram em 2º lugar, o que não garantiu a vaga para a final nacional. Porém, algumas semanas antes da fase nacional, o CT foi convidado a participar dessa etapa em virtude da desistência de time de outra região. “Não conseguimos nos preparar com muitos treinos, mas, mesmo assim, a equipe surpreendeu com qualidade técnica, entrosamento e táticas definidas”, avalia a treinadora.
Trajetória
A Onase contou com oito equipes femininas de vôlei na categoria Infanto. Divididas em duas chaves, as duas melhores de cada grupo disputaram a Série Ouro e as demais, entre elas o Colégio Teutônia, a Série Prata.
Ainda na fase classificatória as meninas teutonienses tiveram pela frente as donas da casa, o CEAT. “Dominávamos a partida até o momento em que a torcida anfitriã tomou conta do ginásio da Univates, que ficou lotado com uma torcida bonita de se ver, o que acabou surpreendendo nossa equipe e contribuiu para que fôssemos superadas em quadra. Isso foi decisivo para que ficássemos classificadas para a disputa da Série Prata”, comenta Nadine.
Mesmo assim, diante de times de vôlei tradicionais, que regularmente participam e buscam medalhas na Onase, o desempenho do CT foi bastante satisfatório. “Foram jogos muito difíceis, com nossa equipe jogando bem. Mesmo sem tempo de treino e sendo um grupo escolar, diferente dos outros educandários que contam com escolinha de vôlei nessa categoria, conseguimos o título da Série Prata”, avalia a professora.
Aprendizado além das quadras
“O esporte, principalmente as modalidades coletivas, como o voleibol, traz uma série de aprendizados, como respeito às colegas de time e aos adversários, persistência e garra, resiliência, pensamento de equipe e motivação. Com certeza vivenciamos e aprendemos tudo isso. Essa conquista é um grande feito para a escola, motiva novas gerações e cria uma nova cultura para a prática do vôlei”, ressalta Nadine, na expectativa de que na próxima Onase de vôlei e basquete o CT possa estar representado “em peso”, a exemplo do que já ocorre no atletismo.
A equipe
O time teutoniense contou com Vallentina Biondo Rohsig, do 8º ano do Ensino Fundamental; Rafaela Dummel, do 9º ano do Ensino Fundamental; Cauana Conrad, da 1ª série do Ensino Médio; Maria Carolina Gerhardt, Cynthia Horst, Brenda Kist, Tainá Danzer (capitã) e Luize Ahlert, da 2ª série do Ensino Médio; e Fabieli Leonhardt, da 3ª série do Ensino Médio.
Um dos destaques do grupo foi a jovem Vallentina, vice-campeã Sul-Americana com a Seleção Brasileira Sub-17, campeonato disputado em Lima, no Peru. “Ela retornou da competição continental e participou ativamente da Onase conosco. Numa semana, vestia a camisa da Seleção Brasileira, na outra, a camisa do Colégio Teutônia. Todas nos sentimos lisonjeadas com esse grande acréscimo ao time. Ela foi a nossa maior pontuadora”, frisa Nadine.
A Seleção Brasileira enfrentou a Argentina na final Sul-Americana, quando acabou perdendo por três sets a dois. A partida ocorreu no domingo, dia 1º de outubro. Com esse resultado, o Brasil assegurou vaga para disputa do Mundial da categoria, em 2024. A jovem teutoniense atuou como oposta no Sul-Americano e foi treinada pela ex-levantadora e campeã olímpica pela Seleção Brasileira, “Fofão”(Hélia Rogério de Souza Pinto).
“É gratificante para cada um que conhece a Vallentina, uma menina muito esforçada e dedicada, que ainda tem muito pela frente”, finaliza o diretor do Colégio Teutônia, Mauro Alberto Nüske.
TEXTO – Leandro Augusto Hamester
CRÉDITO DAS FOTOS – Luana Beatriz Barth