Estudantes dos cursos técnicos participaram de palestras
“No momento em que vocês ingressam num curso técnico, já estão iniciando a caminhada no mercado de trabalho. Não esperem chegar no estágio profissionalizante para achar que daí sim estão ingressando no mercado de trabalho.” A citação é do gerente da divisão de produção agropecuária da Cooperativa Dália Alimentos, Fernando Araújo, que foi um dos palestrantes da aula inaugural da Educação Profissional do Colégio Teutônia.
Realizado na noite de 02 de março, o evento reuniu os estudantes dos cursos Técnico em Agropecuária, Técnico em Administração, Técnico em Eletrotécnica e Técnico em Eletromecânica no Auditório Central do CT. Com o tema “Mercado de trabalho para a Educação Profissional”, o evento também contou com apresentação do sócio-diretor da STW Soluções em Automação, Carlos Eduardo Pichler.
“Procuramos apresentar o que o mercado de trabalho espera dos novos profissionais, as oportunidades em diferentes áreas e como os estudantes precisam se preparar para atender aos anseios dessas empresas. Uma balança entre preparo e oportunidades, valorizando também questões comportamentais”, destacou a coordenadora do curso Técnico em Agropecuária, professora Cristiana Terra. Ela esteve acompanhada do coordenador dos cursos de Administração, Eletrotécnica e Eletromecânica, Mauro Régis de Oliveira, e do diretor do CT, Mauro Alberto Nüske, na condução dos painéis.
“A Educação Profissional do Colégio Teutônia busca, de forma cada vez mais intensa, a aproximação com as empresas, por meio de momentos como este, quando os gestores têm a oportunidade de compartilhar suas experiências, bem como abrindo campo para estágio e parcerias com a oferta de cursos de capacitação e qualificação”, acrescentou Nüske, colocando a instituição à disposição da comunidade empresarial.
A abertura da programação contou com momento de meditação e, ao fim das palestras, houve espaço para perguntas. A Educação Profissional do CT conta com mais de 220 estudantes para o ano letivo de 2023.
“Salário é consequência”
Araújo valorizou características como empatia, motivação, paciência e autoconhecimento. “Tudo que se faz com entusiasmo, se torna mais leve, e a tendência de ter sucesso é maior. Já o salário é uma grata consequência. Nunca vi um profissional de sucesso que tenha iniciado focado somente no salário, isso vem com dedicação, esforço e motivação”, defendeu.
Ao mesmo tempo, alertou para o dinamismo do mercado de trabalho, frisando que as pessoas são contratadas para solucionar problemas. “O que se espera do profissional é que ele seja capaz de solucionar problemas. E para isso características como comprometimento, proatividade e criatividade são essenciais”, disse.
Especificamente no ramo do agronegócio, Araújo defendeu a mão de obra qualificada. “O campo precisa de qualificação, o que possibilita a sucessão nas propriedades rurais que produzem os alimentos que chegam às nossas mesas. O produtor precisa se profissionalizar, as propriedades são empresas, por isso a educação é essencial”, finalizou.
“Precisamos de profissionais curiosos”
Pichler acrescentou que na área da automação industrial um dos pré-requisitos está na iniciativa das pessoas. “Precisamos de profissionais curiosos, de pessoas dispostas a doar o seu tempo para aprender uma profissão e que queiram se tornar relevantes no que fazem.”
Ainda defendeu a formação técnica como diferencial para o ingresso no mercado de trabalho. “A escola te dá uma boa base para o exercício da profissão, esse é um primeiro passo muito importante, mas é também apenas o começo.”
Com atuação na área da automação industrial que atende o conceito da Indústria 4.0 com “soluções desafiadoras”, Pichler procurou motivar os futuros profissionais da área afirmando que esse ramo é “também uma oportunidade de conhecer o mundo ganhando dinheiro”.
TEXTO – Leandro Augusto Hamester
CRÉDITO DAS FOTOS – Leandro Augusto Hamester