Colégio Teutônia recebeu especialistas, produtores e representantes de instituições ligadas ao agronegócio
Debater formas de mitigar prejuízos no campo frente à incidência de episódios climáticos extremos. Esse foi um dos objetivos do seminário “Pensar o Vale – Os abalos ambientais e os impactos no campo”, realizado na quarta-feira (21), no Colégio Teutônia. Na ocasião ocorreram diversas palestras, painéis e relatos de experiências com vistas a ampliar o conhecimento sobre fenômenos ambientais e como eles interferem na produção rural, assunto que, diante da recente crise climática, se converte em preocupação não apenas regional, mas global.
O diretor do CT, Mauro Nüske, ressaltou a importância da discussão, como região, sobre a temática clima, para que possamos nos preparar de maneira que as consequências não sejam mais tão intensas. “A história do Colégio Teutônia nos colocou no compromisso de receber o ‘Pensar o Vale – Agro’, justamente pela nossa atuação enquanto instituição que sempre buscou o desenvolvimento regional, tanto no ensino, quanto na prestação de serviços para o setor agropecuário, dentre outros. Temos a convicção de que o ‘Vale dos Alimentos’ se fortalece quando os interesses convergem pelo coletivo, nos tornando agentes da mudança”, disse.
O assessor de Projetos do CT, Márcio Mügge, reafirmou o papel do agro no desenvolvimento regional. “Os setores primário, de transformação e comércio significam mais de 80% da economia. Todo o impacto no campo interfere também na economia da cidade e afeta a vida de todas as pessoas do Vale do Taquari. O evento atingiu o objetivo pelo conteúdo apresentado aos participantes, na relação das dinâmicas de discussão e os caminhos apontados. Importante também destacar a grande repercussão, pois tem sido um tema que precisa estar na pauta de todos os setores da sociedade do Vale. Precisamos chamar a atenção das autoridades para ações urgentes pelo restabelecimento desse setor tão importante”, defendeu.
Realizado no Auditório Central do CT, o evento reuniu especialistas, produtores e representantes de instituições ligadas ao campo. A programação contou com o painel “Da porteira para fora: como os fatores externos impactam as propriedades e como mitigar perdas”, com participação de Sérgio Diefenbach, promotor de Justiça; Rogério Porto Ortiz, geólogo e economista; e Daniel Caetano, meteorologista da UFSM; painel sobre o tema “Da porteira para dentro: como preparar as propriedades para conviver com situações extremas”, com Antônio Sartori, diretor da Brasoja; Marcelino Hoppe, agrometeorologista da Unisc; e Alano Tonin, engenheiro agrônomo e assistente técnico da Emater/RS-Ascar; apresentações (TEDs) conduzidas por Márcio Piccinini, produtor de Roca Sales, que compartilhou experiências e lições após perdas milionárias com as cheias; Thalys Rian Stobbe, capitão do Corpo de Bombeiros Militar, que falou sobre medidas de segurança nas propriedades em caso de extremos climáticos; Carlos Daniel Fries, técnico da Emater/RS-Ascar, que apresentou resultados do manejo de solo para produzir com El Niño e La Niña; Adriano Ziger, biólogo, especialista em Gestão Ambiental e consultor do Colégio Teutônia, que falou sobre o plano de recuperação e mitigação de desastres climáticos; e Marcelino Meincke, consultor e produtor rural, que abordou a saúde do solo e a sua importância para enfrentar os desafios climáticos na agricultura.
O seminário foi uma realização do Grupo A Hora, com apoio do Colégio Teutônia, Emater/RS-Ascar e CIC Vale do Taquari, e patrocínio de Reinigend Química do Brasil e Sicredi.
TEXTO – Leandro Augusto Hamester
CRÉDITO DAS FOTOS – Leandro Augusto Hamester